Desmatamento Zero

quinta-feira, 7 de junho de 2012

A Tupinambis Ecoturismo trabalha com grupos de no máximo 10 pessoas 
 para garantir, qualidade, segurança e o mínimo impacto nos locais de visitação. 

Agende uma atividade: 13-3871-1168 ou  lelis.biologia@gmail.com
www.tupinambis.com.br

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira - PETAR










O Petar é uma das mais importantes unidades de conservação do estado de São Paulo. Localizado entre os municípios de Apiaí e Iporanga, o Núcleo Santana é o mais visitado. Seus principais atrativos são as cavernas de Santana, Morro Preto e Couto e a Trilha do Bethary que leva às cachoeiras do Beija-Flor e das Andorinhas. O relevo, a flora e a fauna são um atrativo à parte presente em todos os momentos da atividade. Informações detalhadas sobre o Parque podem ser obtidas no Centro de Visitantes.

domingo, 6 de maio de 2012

Queda de Meu Deus na Rede Globo

Veja, na íntegra, a reportagem produzida pela TV Tribuna e exibida no programa Antena Paulista em 2011 que garantiu à cachoeira Queda de Meu Deus, em Eldorado, o título de mais bonita do estado de São Paulo, através de votação de internautas, após a exibição de uma série de reportagens com sete diferentes cachoeiras paulistas.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Vale das Ostras e Queda de Meu Deus


O Vale das Ostras é formado pelo ribeirão das Ostras, o mesmo que atravessa toda a Caverna do Diabo. Após deixar as entranhas da terra, esse ribeirão percorre um acidentado trecho até desaguar no rio Ribeira, e forma cerca de 12 cachoeiras das mais diversas formas e tamanhos. A trilhas das Ostras percorre todo esse trajeto, de aproximadamente 4 km, passando pela cachoeira do engano, do vomito, da meia volta, a escondida, o salto triplo, funil, palmito e papo, o poço verde e o poço azul, chegando ao ponto culminante do passeio: a Queda de Meu Deus, uma cachoeira de 53 metros de altura. O Vale das Ostras está na Área de Proteção Ambiental (APA) dos Quilombos do Médio Ribeira, mais especificamente na área da comunidade quilombola do Sapatu, município de Eldorado.

Parque Estadual Caverna do Diabo



O Parque Estadual Caverna do Diabo é uma Unidade de Conservação que faz parte do Mosaico Jacupiranga, uma área de mais de 150.000he, ao sul do estado de São Paulo destinada a preservação do patrimônio natural. Seu principal atrativo é a Gruta da Tapagem ou, como é mais conhecida, a Caverna do Diabo, descoberta oficialmente em 1886 por Richard Krone, um pesquisador e naturalista alemão. É uma das mais belas cavernas do mundo abertas à visitação e a maior caverna paulista possuindo quase 10 km de galerias já mapeadas. No entanto, somente 700 metros possuem infra-estrutura para o turismo, como escadas, passarelas e iluminação. Isso proporciona maior segurança e comodidade aos visitantes e possibilita a realização de atividades pedagógicas com turmas de estudantes onde se pode identificar e observar todos os diferentes tipos de espeleotemas encontrados em cavernas de calcário. Estalactites, estalagmites, cortinas, colunas, velas e helictites são alguns exemplos dessas abundantes formações de carbonato de cálcio que, em muitos casos, possuem alguns milhões de anos. O parque ainda conta com um excelente Centro de Visitantes, estacionamento, restaurante e outras trilhas como a Trilha do Araçá e do Mirante do Governador.

domingo, 8 de abril de 2012

Salto da Usina

O Salto da Usina é um local onde existia uma pequena hidrelétrica que operou de 1926 a 1962 e que gerava energia para toda a cidade de Xiririca, hoje Eldorado. O Ribeirão Xiririca é o principal atrativo, com águas cristalinas, corredeiras, pequenas quedas d´água e piscinas naturais. O local conta ainda com infra-estrutura de lanchonete, banheiros com chuveiros, quiosques equipados com churrasqueira, água encanada e energia elétrica, lago, quadra de areia para futebol, trilha pela mata, ponte pêncil e estacionamento. Está a 10 km do centro da cidade e o acesso é por estrada de terra.

Internautas elegem a Queda de Meu Deus, em Eldorado, a mais bela cachoeira do estado.


sexta-feira, 6 de abril de 2012

Dicas para uma boa trilha

            Quando adentramos uma trilha na mata é muito importante observarmos alguns cuidados básicos para que nada de desagradável venha a acontecer. Antes de mais nada, precisa-se entender que a Floresta Atlântica é um dos mais ricos biomas do mundo e possui uma flora e uma fauna bem diversificada. Nesse sentido, devemos respeitar todas as formas de vida ali presentes e ter uma atenção especial com espécies que podem causar acidentes. É imprescindível o acompanhamento de um Monitor Ambiental local experiente que tornará o passeio mais seguro e informativo. Utilize roupas leves, calça comprida e camiseta de manga longa, tênis ou bota com sola macia e antiderrapante, chapéu ou boné, protetor solar e em alguns casos, repelente para insetos. Uma muda de roupa seca é sempre bem vinda, assim como um lanchinho, se a trilha for longa. Não esqueça máquina fotográfica e uma mochila pequena para acondicionar tudo e ficar com as mãos livres.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Eldorado: de Xiririca à Estância Turística


A Estância Turística de Eldorado está ao sul do estado de São Paulo, no Vale do Ribeira, região apelidada de "Amazônia Paulista" pelo naturalista, botânico e geólogo português, Manoel Pio Correa, em visita científica por volta de 1920, e reconhecida pela UNESCO como "Reserva da Biosfera do Patrimônio Mundial" desde fevereiro de 1993. É o 4º maior município paulista em território com 70% de sua área coberta por mata atlântica em bom estado de conservação. Abriga várias cavernas, onde a mais conhecida é a Gruta da Tapagem ou "Caverna do Diabo", muitas trilhas e cachoeiras além de uma rica história e cultura preservada nas comunidades quilombolas.

                                                                                            Xiririca em 1908.
A história da Estância Turística de Eldorado começa por volta de 1630, quando exploradores portugueses adentraram o rio Ribeira à procura de veios de ouro, metal que já tinha sido encontrado nas proximidades da Vila de Iguape. Os primeiros povoados, também chamados de arraiais de mineração, criados às margens do Ribeira foram Ivaporunduva e Jaguary (dois vocábulos de origem guarani; o primeiro com o significado de rio de muitas frutas ou de fartura e o segundo, jaguar-hy - rio do jaguar, como era chamada a onça parda ou suçuarana). Em seguida, surgiram Sete Barras, Boa Esperança, Braço e Sant´Ana, hoje Iporanga (água bonita, em guarani). O ouro retirado nessas localidades era registrado num porto (onde hoje é a cidade de Registro, considerada a capital do Vale do Ribeira) e depois era fundido em barras e descontado o quinto real na primeira “Casa de Fundição” do Brasil, também considerada a primeira “Casa da Moeda” brasileira, em Iguape.
Por volta de 1750 um outro povoado começou a se formar, cerca de 20km, rio abaixo, de Jaguary, hoje Itapeúna (pedra preta pontuda, em guarani): o povoado de Xiririca, de fronte à foz do ribeirão de mesmo nome e afluente do Ribeira. (Xiririca é uma palavra de origem indígena (guarani) e onomatopéica. Refere-se ao som que a água dos ribeirões produz quando atravessa uma corredeira (algo como: o “xiriricar” da água). A palavra foi traduzida, simploriamente, como “água corrente” ou “corredeira”.)
Em 16 de janeiro de 1757, os irmão Veras, de uma das mais importantes famílias dessa época de colonizadores, doaram duas casas no povoado de Xiririca para a construção de uma capela. No dia 8 de setembro do mesmo ano a capela recebeu a imagem de Nossa Senhora da Guia que passou a ser a padroeira do lugar.
Xiririca pertencia politica e eclesiasticamente à Vila de Iguape. Em 13 de janeiro de 1763, após ter nomeado um pároco para a localidade, Pe. Dr. José Martins Tinoco, Xiririca passou à categoria de Freguesia, portanto, independente eclesiasticamente de Iguape.
A ocorrência de duas grandes enchentes, que causaram grandes prejuizos à Freguesia de Xiririca, em 19 de janeiro de 1807 e 28 de janeiro de 1809, levantaram a discussão de mudança do povoado. A mudança veio de forma paulatina, controversa e com inúmeros conflitos por parte dos habitantes contrários e favoráveis, entre 1816 e 1834, para o Porto da Formosa, em local mais alto, e cerca de 2km rio abaixo.
Finalmente, pela lei nº 28 de 10 de março de 1842 assinada pelo Barão de Monte Alegre, presidente da província, era a Freguesia de Xiririca elevada à categoria de Vila, o que, na época, equivalia a município. Xiririca passava a ser independente de Iguape. No entanto, só em 2 de maio de 1845 instalou-se a primeira Câmara Municipal sob a presidência do padre Joaquim Gabriel da Silva Cardoso.
Em 2 de março de 1857 chegou primeiro barco a vapor (o “Estrela”) à Vila de Xiririca, iniciando um período promissor de escoamento de produção e entrada de mercadorias dos grandes centros.

                         
                                               Um dos barcos a vapor que fazia a linha Iguape / Xiririca
Em 31 de agosto de 1871, nasce aquela que hoje é apontada por muitos como a maior poetisa do Brasil: Francisca Júlia da Silva Munster. Ainda menina, mudou-se para São Paulo com os pais onde construiu sua vida de escritora numa época em escrever era algo apenas para os homens. Francisca Júlia faleceu em 1º de novembro de 1920, logo após a morte de seu marido.
                                   
                                                
                                                                                Francisca Júlia.
A Comarca de Xiririca foi criada em 6 de julho de 1875 e instalada em 25 de novembro do mesmo ano.
Em 1896, o pesquisador e naturalista Ricardo Krone, em expedição científica pelo Alto Vale do Ribeira, descobre oficilamente a Gruta da Tapagem que, posteriomente ficou conhecida como “Caverna do Diabo”, de grande importância para o turismo da região e do estado.

                          
                                              O grupo de Ricardo Krone explorando as cavernas no Vale.
Em setembro de 1926 foi inaugurada a Usina de Energia Elétrica, uma das primeiras do estado de São Paulo, instalada no ribeirão Xiririca, que abasteceu a cidade até 1962. No dia da inauguração da iluminação, o engenheiro Nuno Silva, que estava à frente do empreendimento, minutos antes do horário previsto para a operação, subiu num poste para fazer um reparo, quando a luz foi ligada. Atingido pela descarga elétrica, ele foi levado em estado gravíssimo para Santos, onde faleceu.
Em 24 de dezembro de 1948, o nome Xiririca foi substituido por Eldorado Paulista, em alusão ao período do ciclo do ouro. Na época, outros nomes foram sugeridos como “Miraluz” e “Formosa do Ribeira” mas, Eldorado acabou sendo o escolhido.

                          
                                                       Xiririca  com a Matriz virada para o Rio Ribeira
Em 1970, o lider do VPR (Vanguarda Popular Revolucionária), Capitão Carlos Lamarca passou por Eldorado, vindo do sertão de Jacupiranga, passando pelos lados Alto Rio Batatal, Areado e Barra do Braço. Na Praça Nossa Senhora da Guia, o guerrilheiro e mais 8 homens trocaram tiros com a polícia local. Em seguida atravessaram a ponte sobre o Ribeira e foram para Sete Barras onde renderam um caminhão do exército e fugiram para São Paulo. Lamarca e seu grupo lutavam contra o regime da ditadura militar. Em setembro de 1971 foi morto no sertão da Bahia depois de traído por um de seus companheiros.

                            
                                               Lamarca e seus companheiros em treinamento de guerrilha.
As belezas naturais, rios, cachoeiras, cavernas e a riqueza cultural e histórica, contribuiram para que o município fosse reconhecido como Estância Turística em 1º de agosto de 1995.
Em janeiro de 1997, a maior enchente da história assolou o Vale do Ribeira. O Rio Ribeira subiu mais de 14 metros acima de seu nível normal causando enorme prejuízo a toda região.
Hoje, Eldorado luta para retomar seu crescimento, com o desafio de aliar o desenvolvimento econômico às questões socioambientais, construindo um futuro onde as gerações que ainda virão possam desfrutar de seus recursos naturais de maneira sustentável.

                         
                                         Entre as montanhas e o majestoso Ribeira, a pequena Eldorado.


Por Lélis Ribeiro.